quarta-feira, 1 de julho de 2015

A Seleção

capa dos livros
fonte: editora seguinte
A coleção "A Seleção", escrita por Kiera Cass, hoje conta com quatro volumes "oficiais" ("A Seleção", "A Elite", "A Escolha" e "A Herdeira"), que foram publicados pela Editora Seguinte, e quatro spin-offs ("O Guarda", "O Príncipe", "A Rainha" e "A Favorita" - "O Guarda" e "O Príncipe" formam "Contos da Seleção").

A história se passa num futuro alternativo (bem no estilo de modinha de distopia) num país considerado jovem chamado Illéa. Esse país - pelo que é possível entender das poucas informações dadas - fica na América do Norte, mas tem alguns "terrenos" na Ásia. A população do país é dividida em oito castas que, assim como as indianas, determinam a sua profissão. (No apêndice de "Contos da Seleção", a autora detalha casta por casta as possíveis profissões)

capa de "a herdeira", o lançamento mais recente
fonte: www.elaineelesbao.com.br
Dentro desse contexto, quem narra a história nos três primeiros livros oficiais é America Singer (sim, o nome dela é America e sem acento), uma "membro" da casta Cinco, que representa os artistas. Ela tem um namorado secreto, Aspen, que é da casta abaixo da sua, e não quer assumir o namoro até o dia em que os dois tiverem dinheiro para o casamento. (Na história, pessoas de castas diferentes só podem casar entre si depois de pagarem uma taxa e esperarem 90 dias + burocracias).

A conversa muda quando chega na casa dela uma carta da realeza dizendo que toda jovem com idade entre 16 e 20 anos tem a possibilidade de se candidatar para a Seleção, onde 35 moças (uma de cada província) vai disputar a mão do príncipe. America acha a ideia ridícula e, de bate-pronto, recusa veementemente a sugestão da mãe de se inscrever, já que ela mal conhece o príncipe e, do pouco que conhece das aparições públicas dele, ela acha ele arrogante (juro que esses são os argumentos dela). Mas depois de uma conversa com Aspen e de um acordo com a mãe (todo o dinheiro que America ganhasse com suas apresentações ficariam com ela), ela concorda em se inscrever - crente que não iria ser chamada, mas sabendo que, se fosse e ficasse mesmo que uma semana, ajudaria muito a família, já que os parentes próximos da Selecionadas recebem um cheque no final de cada semana em que a garota fica no palácio.

No Jornal Oficial de Illéa, quando são divulgadas as Selecionadas, America leva um susto quando vê a sua foto na tv. Ela embarca para a Seleção achando que vai odiar tudo - desde a presença do príncipe até o clima de competição entre as concorrentes. Do mesmo jeito que ela se enganou sobre o fato de ser selecionada, America se vê obrigada a morder a língua de novo. Já dentro do palácio, ela admite que, apesar de se sentir um pouco desconcertada por ter três empregadas a sua disposição, ela aceita que gosta da comida e de usar todos os vestidos que são costurados sob medida para ela.

Ao longo do primeiro livro, America narra justamente o finzinho da sua vida como plebeia anônima e o começo de sua vida no palácio. Já em "A Elite", ela narra suas dúvidas em relação a escolha que deve fazer, já que Aspen é convocado para ser um guarda no palácio e ela já está se apaixonando pelo príncipe Maxon. E o terceiro é, finalmente, a decisão final de America.

O quarto livro, "A Herdeira", já muda de narração, que passa a ser da filha mais velha de America com Maxon, Eadlyn. Kiera Cass tem um péssimo gosto pra nome de personagem, misericórdia. Eadlyn, basicamente, está se debatendo por ela ser a primeira futura rainha "de sangue" que terá que passar por uma Seleção (antes só tinha sido realizada com os futuros reis).

Os spin-offs são narrados pelos personagens que dão título ao conto. "O Príncipe" é narrado pelo príncipe Maxon pouco antes de começar a Seleção, "O Guarda" é narrado por Aspen Leger, o namorado de America, mais ou menos na época em que se passa "A Elite"; "A Rainha" é narrado pela rainha Amberly, que é a mãe de Maxon, durante a Seleção que ela participou; e "A Favorita" é narrado por Marlee Tames, que era a favorita para conquistar Maxon e era amiga de America.

Começando os comentários:
A trilogia base é ultra mega água com açúcar e de leitura fácil. Se você espera algum romance com um mínimo de pegação entre personagens, procure outra história (pfvr, menos 50 Tons de Cinza), porque com "A Seleção" você não vai ter nada disso. Como se passa num futuro não muito otimista, a série é classificada como distopia. Apesar de ser um romance água com açúcar e lento - muito lento, diga-se de passagem -, tem uma críticazinha mínima que vem com o enredo, que leva você a pensar sobre as relações humanas.

Fora isso, você tem que ter muito saco pra aguentar uma história inteira de uma menina ruiva, branca feito papel, que gosta de se vestir de azul (entenderam a referência ridícula à bandeira dos EUA?) e que tem dúvidas sobre si mesma e sobre quem deve escolher pra ser seu namorado/marido.

Os spin-offs presentes em "Contos da Seleção" e "A Rainha" seguem a linha água com açúcar da série original. Admito que ainda não li "A Favorita" nem "A Herdeira". No caso de "A Favorita", não li porque não sabia que ele existia até fazer essa resenha. Já "A Herdeira", não li porque não conseguir passar do primeiro capítulo, já que a personagem me pareceu daquelas crianças mimadas e revoltadas que parecem não entender que algumas decisões não estão ao alcance dela.

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