quinta-feira, 3 de julho de 2014

Throwback Thursday #4: Revolver

capa do álbum
Para quem acha que, nesse álbum não há interferência nenhuma da Alemanha, se fodeu, porque tem sim. E onde você menos espera.

Revolver é o sétimo álbum dos Beatles. Sim, eles são ingleses, os quatro são de Liverpool. Mas vamos lá. Depois eu explico a relação desse álbum com a Alemanha. Antes eu tenho que comentar o que tem nele.

Lançado em 1966, foi um dos primeiros "álbum-prova" de que Paul McCartney teria batido as botas num acidente de carro. (O que é obviamente uma mentira, mas prefiro discutir isso noutro post.) Mas, para a tristeza dos que insistiam (e ainda insistem) na teoria de que McCartney está morto, esse álbum não teve show porque os efeitos sonoros, por assim dizer, que estavam nas músicas eram muito difíceis de serem reproduzidos nos palcos com a tecnologia que existia na época. E a mão em cima da cabeça do boneco que representa Paul é apenas uma coincidência.


Que seja.

"Cheguei" nesse álbum através de um tio meu que é beatlemaníaco e me deu um CD com uma compilação de vários álbuns da banda. Ouvi Revolver sem muita fé, já que eu ainda estava na vibe mais "We Can Work it Out" (single que bombou mas não tá em álbum oficial nenhum), "I Want to Hold Your Hand" (outro single que bombou e não tá em álbum oficial nenhum), "Twist And Shout" (Please Please Me) e as outras mais clichês da banda. Só fui ouvir prestando atenção quando ganhei de presente de 15 anos do meu então namorado.

Ouvi com um pouco mais de cuidado e, talvez, tenha sido na época apropriada. Revolver, se ouvido com o respeito e o tempo que merece, é um excelente álbum. Não vou dizer que é o melhor álbum dos Beatles porque seria uma mentira deslavada, mas com toda certeza é muito bom.

screenshot da cena inicial para a música Eleanor Rigby no filme Yellow Submarine
fonte: deoos2.blogspot.com
O álbum tem catorze faixas, não tem clipe (calem a boca. Foram os próprios Beatles que inventaram o videoclipe). A não ser que trecho do filme Yellow Submarine que toca a música título e Elanor Rigby sirva como clipe. Eu não considero, então, não tem clipe.

A faixa mais famosa, com toda certeza é Yellow Submarine. Todo mundo se lembra das estrofes "We all live in a Yellow Submarine/Yellow Submarine/Yellow Submarine" que ficam em loop no seu cérebro. Dificilmente alguém que já ouviu falar nos Beatles e tenha ouvido algumas poucas músicas deles não conhecer Yellow Submarine.

Retomando a mentira deslavada de "Paul está morto", você inicialmente pode até pensar que os efeitos das músicas poderiam, sim, ter sido executados nos palcos do final da década de 60. Mas quando você ouve a última faixa, "Tomorrow Never Knows", você percebe que realmente seria complicado fazer os sons de aves ao vivo sem um computador. Lembrando: naquela época, um computador poderia - e seria - do tamanho do seu quarto.

Para quem ainda está confabulando, o álbum tem influências alemãs por motivos de: a capa foi feita por um alemão chamado Klaus Voormann, um designer gráfico que era amigo dos integrantes da banda.

Super recomendo o álbum, mesmo eu sendo uma pessoa extremamente suspeita pra falar uma coisa dessas.

Outros posts da Alemanha, aqui.

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